ChatGPT: entenda os impactos da IA no setor jurídico
O uso de Inteligência Artificial (IA) para as mais diversas tarefas do dia a dia parece um caminho sem volta. E uma das ferramentas que tem ganhado maior destaque é o ChatGPT, desenvolvido pela empresa americana OpenAI.
Embora a possibilidade do fechamento de diversos postos de trabalho por conta do emprego de IA seja uma preocupação real, o uso desse tipo de recurso no âmbito jurídico pode trazer benefícios significativos no futuro. A seguir, veja os possíveis impactos do Chat GPT no Direito e os cuidados básicos para o uso da plataforma.
Possibilidades de uso do ChatGPT em departamentos jurídicos
Os departamentos jurídicos lidam com grandes volumes de informações e o ChatGPT pode ser uma forma eficiente de otimizar o trabalho e aumentar a produtividade. Uma das funções mais interessantes da ferramenta é automatizar tarefas de pesquisa, identificar padrões em documentos e criar resumos de relatórios com mais rapidez.
Em um futuro próximo, a IA pode ser muito útil para o atendimento ao cliente, desde que seja programada para responder a perguntas frequentes, tirar dúvidas sobre processos jurídicos e fornecer orientações sobre leis e regulamentos.
Contudo, há muitas outras possibilidades ainda distantes de se tornarem viáveis, já que a ferramenta tem suas limitações e segue em desenvolvimento. Entre elas, podemos citar:
- geração automática de minutas de contratos;
- avaliação de risco jurídico em contratos e processos judiciais;
- análise de precedentes e casos similares para auxiliar na tomada de decisões;
- monitoramento de mudanças legislativas e regulatórias;
- identificação de problemas e inconsistências em documentos legais.
Cuidados essenciais no uso do ChatGPT
Como mencionamos acima, o ChatGPT ainda tem uma série de limitações e exige cuidados em sua utilização. Inicialmente, a IA foi treinada com materiais disponíveis na internet até 2021 e não tem acesso direto à dados coletados em tempo real. Portanto, segundo a OpenAI, sua utilização requer as seguintes precauções:
- verificar as informações fornecidas pelo ChatGPT em fontes confiáveis antes de considerá-las verdadeiras;
- entender que a IA não substitui a análise humana em casos complexos ou que exigem julgamento;
- fornecer informações completas e precisas ao ChatGPT para obter resultados mais confiáveis;
- respeitar leis e regulamentos aplicáveis em termos de privacidade e proteção de dados;
- garantir que a IA seja usada sem violar direitos ou prejudicar terceiros;
- comunicar aos clientes e outros envolvidos no processo jurídico sobre o uso do ChatGPT e seus limites.
Como vimos, ainda há um longo caminho a percorrer até que o ChatGPT e outros modelos de IA tenham a maturidade necessária para o uso nas principais áreas do Direito. No entanto, há diversas tecnologias muito interessantes sendo desenvolvidas.
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